Enquanto equipes de resgate trabalham em locais atingidos por mísseis e bombas em Tel Aviv e Teerã, autoridades de Israel e Irã seguem neste sábado (14) em uma disputa retórica.
O dia foi marcado por ações mais pontuais das duas partes, ante os ataques massivos da última sexta-feira.
Em uma gravação de vídeo divulgada mais cedo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exaltou a campanha militar do país, dizendo que eles vão bombardear "todo lugar e todos os alvos" no Irã.
"Desferimos um golpe muito severo na principal instalação de enriquecimento do Irã e, se necessário, iremos atacá-la novamente", referindo-se à usina de Natanz, considerado o coração do programa nuclear iraniano.
Netanyahu também afirmou que seus caças neutralizaram diversas baterias antiaéreas iranianas, criando um corredor seguro no país para suas aeronaves até Teerã.
Já o Irã direcionou seus ataques às potências ocidentais. O governo do país fez alerta a EUA, Reino Unido e França para que não impeçam ataques contra Israel — e que, caso ajam em prol dos israelenses, suas bases e seus navios também se tornarão alvo.
O aviso foi dado um dia após suas rajadas de mísseis balísticos terem furado as defesas antiaéreas de Israel, atingindo alvos em Tel Aviv e evidenciando possíveis falhas do Domo de Ferro.
Parlamentares iranianos também ameaçam impedir novas inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), vinculada à ONU, a suas instalações.
Autoridades do país suspeitam do vazamento de informações confidenciais para Israel via agência, segundo a rede de TV catari Al Jazeera. Além disso, a AIEA produziu relatórios desaprovando o enriquecimento de urânio U-235 pelo Irã a 60%, muito mais do que o necessário para pesquisas ou produção de energia elétrica.